sábado, 1 de setembro de 2007

A estupenda Mulher Alfa contra os guardiões da bolsa de valores de Nova Iorque


Falaram para Beta que ela era uma mulher alfa. Logo se imaginou com uma roupa de vinil preta, botas de cano longo. Uma máscara. Nada de capa, démodé. Seria quem sabe a chance de sair pela janela, tomar banho de chapéu, escovar os dentes de olhos fechados e dormir pendurada pelas pernas. Talvez o Hugh Jackman – ou o Nasi – se interessasse por ela. Finalmente. Mas tudo isso em um segundo antes de o telefone tocar para gritar que o índice Down Jones fechou em baixa porque ela teve um devaneio estúpido e o esmalte vermelho do dedão do pé estava descascando. Perdeu um ótimo negócio por isso. Já não te disseram que não se usa sandálias em reuniões importantes? Quantos milhões vale uma joanete?

Usou o chicote dominatrix para se livrar daquilo tudo.


Pegou uma mochila de super-heróis, descolou um pôster do Wolverine e seguiu seu rumo.

Beta hoje tem um brechó em Buenos Aires, usa óculos J.O. enormes, os cabelos são púrpura e toca violoncelo numa banda de rock esquisita. Não acredita em despertador, tem dois gatos em casa, toma sorvete de casquinha. Não guarda dinheiro, não vende as férias. Não negocia sua vida.



Vanessa, desenhista de moda femini(sta)na.


Ouça: Spiderman dos Ramones.

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Mulheres Alfa. Homens Omega


Ok. Independente de nomenclaturas, as mulheres mudaram. Isso é fato. Em poucas décadas passamos para uma outra margem. De passivas e submissas, hoje somos, com muita independência, donas dos nossos próprios narizinhos.

Trabalhamos. Ocupamos importantes cargos. Estudamos. Fazemos nossas escolhas. Tomamos decisões. Assumimos responsabilidades. Gerenciamos outras pessoas. Lideramos. Dirigimos nossas vidas. Conduzimos nosso destino. E, como se não bastasse, ainda arrumamos tempo para ir ao salão, ao mercado, ao shopping e cuidar da casa, marido e filhos... Ufa!

Agora, não podemos esquecer que não somos as únicas a habitarmos neste mundo. A figura masculina não deixou de coexistir. Pelo contrário. Continua aqui. Sem, talvez, nunca ter almejado tantas mudanças, vivem de perto e sentem na pele, o fruto de toda esta evolução. Afinal, eles convivem com mães, irmãs, filhas, esposas e, muitas vezes, chefes mulheres. Fora a carga de TPM de toda essa gente. Coitadinhos...

Bom. O fato é que, apesar de toda a história e cultura de anos de um sistema patriarcal, eles também precisaram (ou ainda precisam) se adaptar. Até ontem éramos dependentes. Não faz muito tempo que os casamentos eram arranjados e que as mulheres só saiam de casa com autorização. Trabalhar fora, então? Nem pensar. Eles podiam tudo, ou quase. Nós não podíamos nada, ou quase nada. Agora, viramos a mesa. Estamos aqui, “mano a mano”, disputando um lugar ao sol.

Pela minha vasta experiência de 26 anos neste mundo, posso dizer que percebo uma certa timidez e insegurança da parte deles frente a esta nova figura. Queridinhos, so sorry se nós os assustamos. Apesar de termos ficado com a promoção à Diretoria da empresa, estamos aqui para somar.

Verdade. Cada um tem o seu lugar. Profissionalmente, já provamos termos condições iguais. Agora, comportamentalmente, somos bem diferentes. E não há problema algum nisso, aliás, muito ao contrário. Mesmo as mulheres mais independentes, ainda gostam de gentilezas. Principalmente se for para trocar um pneu furado numa noite fria e chuvosa...


Aliane Kanso

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

ELAS VÃO MUDAR A ESTRUTURA DAS FAMÍLIAS



Dan Kindlon é um pesquisador que não tem vergonha de legislar em causa própria - e o faz com embasamento científico. Especialista em psicologia comportamental pela Universidade Harvard, o pesquisador acaba de lançar Alpha Girls (Meninas Alfa), inédito no Brasil. O ponto de partida para esse livro sobre a nova geração de garotas líderes foi sua casa: Kindlon é pai de duas adolescentes, com 17 e 14 anos. Ao longo de entrevistas realizadas com 113 meninas do ensino médio americano, ele chegou a várias conclusões. Uma delas é que figuras paternas - como ele - têm papel preponderante na formação da personalidade dessas jovens vigorosas. Leia, a seguir, a entrevista que Kindlon concedeu a ÉPOCA.

ÉPOCA - Quais as principais características das meninas alfa?

Dan Kindlon - Elas não têm dúvida sobre a própria capacidade, são muito bem-resolvidas. Não vêem os homens como inimigos, querem coexistir com eles. Para as alfa, a igualdade entre os sexos é um fato. A hipótese de que a mulher pode ser considerada inferior nem passa pela cabeça delas.

ÉPOCA - Que mudanças levaram ao surgimento das meninas alfa?

Kindlon - A mudança mais importante é o fato de terem nascido numa sociedade que já é razoavelmente igualitária. Nunca houve tantas mulheres em cargos importantes, em nenhum outro momento da História. Nos Estados Unidos, as mulheres podem se alistar no Exército, competir profissionalmente nos esportes, entrar em qualquer universidade. Pela primeira vez, temos uma mulher na presidência da Câmara (Nancy Pelosi). Essas garotas cresceram num mundo onde isso existe, não está mais em fase de conquista. É claro que ainda há domínio masculino em diversas áreas. Mas o ponto de partida das alfa é o equilíbrio. Tudo é fruto das conquistas feministas, que trouxeram mudanças na legislação, na família e no mercado de trabalho.

ÉPOCA - Quais mudanças essas meninas farão no futuro?

Kindlon - As estatísticas mostram que, dentro de 30 ou 40 anos, as mulheres vão dominar o campo da medicina, como já acontece na psicologia. À medida que passarem a ocupar mais espaço nas universidades e nos cursos de pós-graduação, receberão salários melhores e terão mais poder aquisitivo. Esse poder será decisivo, poderá mudar a estrutura das famílias. Os homens passarão mais tempo em casa, cuidando das crianças, porque suas mulheres terão salários iguais ou melhores que os deles.


ÉPOCA - Em seu livro, o senhor destaca a importância do pai na vida das meninas alfa. Por quê?

Kindlon - É preciso considerar que a maioria dos cargos de poder ainda pertence aos homens. Portanto, se uma menina é admirada e incentivada pelo homem mais poderoso de sua infância, isso a deixa extremamente confiante. Além disso, o estreitamento da relação pai-filha ajuda as meninas a conhecer e entender as características tradicionalmente ligadas aos homens. No passado, essa relação era mais distante, e as meninas não tinham acesso ao universo masculino. Hoje, elas podem ser duronas ou dóceis, flexíveis ou inflexíveis, de acordo com a necessidade. Nesse aspecto, os meninos estão em desvantagem, porque ainda têm vergonha de explorar características femininas.


Fonte: http: //revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/


Postado por Camila Age

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Mulher Alfa é o caralho




Sem essa. No princípio era Eva, hoje é a Bridget Jones ou a Carrie do Sex and the City. O que vem a seguir? Mulheres sendo vendidas em uma prateleira de supermercado? Com etiquetas de “Informações Nutricionais: cada porção de 50 quilos do produto contém...”?

O protótipo da mulher ideal ou doutrinas de comportamentos exemplares vêem sendo pregados há tempos: a primeira da lista - Eva aparece na Bíblia como um ser inferior ao homem. Segundo a narrativa bíblica, foi Eva quem levou Adão a sucumbir à tentação e perder o paraíso; mais tarde, através da imagem da virgem Maria, a Bíblia também configurou a mulher ideal. Foi a partir dela que se gerou toda a estrutura do sexo feminino considerada correta e que de certa forma se mantém inalterada até os dias de hoje. Mãe, companheira e boa esposa, ela é o molde perfeito para qualquer mulher, para todos os tempos... “Disse, então, Maria. A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque atentou na humanidade de sua serva; pois eis que, desde agora, todas as gerações me chamarão bem-aventurada.” (Lc 1, 46-48); outra personagem bíblica com forte relevância é Maria Madalena, a santa prostituta. Tratada sempre pelos escritos bíblicos como uma mulher dotada de “espírito maligno”, nela se faz explícita toda a cultura patriarcal dominante - Madalena é a mulher que precisa ser silenciada, ainda que seja a custa de pedras que a soterram no episódio da lapidação. Depois da bíblia vieram outros livros, de história ou literatura; depois os jornais em 1800 e bolinha que veiculavam matérias que nada mais eram que projetos civilizadores divulgando normas de condutas elitistas; hoje é a revista Nova com os conselhos voltados à mulher moderna... “Siga nosso incendiário roteiro e atinja ao orgasmo em 12 minutos”. Tenha santa paciência. Será que isso não terá fim? C-h-e-g-a!!!

Dentre a lista do ideário feminista, além das questões de direito civil, estava à questão da opressão pela cultura masculina, a intenção de revelar os mecanismos psicológicos dessa marginalização e de projetar estratégias capazes de proporcionar às mulheres uma liberação integral, além do corpo e dos desejos. Tudo muito nobre, mas, será mesmo que a mulher, que viveu no auge do movimento feminista, entrou no mercado de trabalho puramente pelos ideais ou talvez este fato se devesse à pobreza, à preferência dos patrões por operárias, por essas serem mais baratas e mais ‘boazinhas’ ou então, simplesmente por causa dos apavorantes massacres de homens nas grandes guerras? Difícil dizer os reais motivos, fato é que as mulheres invadiram o mercado desde esta época e, hoje, estão aí, ocupando diversos cargos e atuando em tantas profissões. Mas, e toda a questão da opressão foi esquecida? Todos os dias revistas estampam falsa liberdade, ditam condutas e valores. A mídia mostra a forma ‘certa’ de se vestir, diz quantos quilos a mulher deve pesar, ensina como se maquiar, como transar, como conquistar o homem perfeito etc. Igualzinho aos jornais de 1800 e bolinha. Simone de Beauvoir, coitada, deve se revirar no caixão quando as revistas femininas chegam às bancas.

Enfim, pro inferno com todas estas classificações e estereótipos e ideais da imagem da mulher. Morte a todos aqueles que acham que a mulher deve ser feminista ou deve ser dona-de-casa e mãe de família, que ela deve ser isso ou aquilo. Morte as fórmulas e aos modelos (inclusive ao meu modelo – que, de certa forma, estou defendendo aqui neste texto).

E... Viva la Revolución!!! A revolução verdadeira, aquela onde todos os padrões são derrubados, principalmente os internos e os do ego. Que as verdade e mentiras sucumbam diante dos olhos e que você, só você, seja capaz de ditar suas próprias regras. Sem máscaras, sem pudores, sem medos e sem hipocrisia. Alguns dirão que tudo isso não passa de utopia. Quem sabe?! ... Mas, como diria Mario Quintana...

"Não desças os degraus do sonho

Para não despertar os monstros.

Não subas aos sótãos - onde

Os deuses, por trás das suas máscaras,

Ocultam o próprio enigma.

Não desças, não subas, fica.

O mistério está é na tua vida!

E é um sonho louco este nosso mundo..."




Mônica Wojciechowski

terça-feira, 28 de agosto de 2007

M de mulher, m de miu


"Seus malabarismos Mágicos Manipulam Marionetes. Meninas, Mães, Madres, Marquesas e Ministras. Madalenas ou Marias, Marinas ou Madonas. Elas são Manhãs e Madrugadas, Mártires e Massacradas. Mas sempre Maravilhosas, essas Moças Melindrosas, Mergulham em Mares e Madrepérolas, em Margaridas e Miosótis. E são Marinheiras, Mineiras, Magnéticas e Magníficas. Mimam Mascotes, Multiplicam Memórias e Milhares de Momentos Marcam suas Mudanças. Momentâneas ou Milenares, Mudas ou Murmurantes, Multicoloridas ou Monocromáticas, Megalomaníacas ou Modestas. Musculosas, Maliciosas, Maquiadoras, Maquinistas, Manicures, Maiores, Menores, Madrastas, Madrinhas, Manhosas, Maduras, Molecas, Melodiosas, Modernas, Magrinhas. São Música, Misturas, Mármore e Minério. Merecem Mundos e não Migalhas. Merecem Medalhas. São Monumentos em Movimento. Esses Milhões de Mulheres Maiúsculas."
Esse é um texto que o Mc Donald’s fez uma vez em homenagem ao dia das mães.
Pensei na letra M, que no alfabeto grego escreve-se Miu.. Mulher “MIL, ou mil e uma mulheres. Normalmente, mil em uma... Mulher alfa, beta, gama, ou miu.. Na verdade, antes de tudo mulher, ou melhor, um ser humano com as mesmas necessidades e ambições dos homens. Que mania que temos em classificar, dividir, selecionar, dividir em categorias, em conjuntos, enumerar.. O que vale nisso tudo é o respeito, o reconhecimento de seus amigos, pais, irmãos, tios, namorados, maridos, primos. Que a vejam não como alfa, beta, ou até como mulher nota “mil”, mas como ser humano, e a respeitem como tal.

Dilka

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Mulher Alfa, Beta, Ômega...


Amiga. Colega. Publicitária. Jornalista. Noiva. Dona de casa. Motorista. Consumidora. Executiva de contas. Pedestre. Filha. Irmã. Neta. Sobrinha. Madrinha. Praticante de Pilates. Moradora. Solteira. Cliente. Devedora. Contribuinte. Paciente. Cozinheira. Organizada. Animada. Freguesa. Bem sucedida. Graduada. Receptora. Formada. Esposa. Amada. Amável. Gostosa. Espiritualizada. Namorada. Desperta. Elegante. Interlocutora. Temente. Maloca. Ex. Esperta. Feliz. Penteada. Pós-graduada. Dançarina. Descabelada. Maquiada. Mal humorada. Sonhadora. Metida. Apaixonada. Futura. Deprimida. Espectadora. Alegre. Classuda. Vizinha. Ré. Espiritualista. Patroa. Autora. Boa. Espírita. Salvadora. Simpática. Querida. Profissional. Escritora. Modelo. Usuária. Estudante. Torcedora. Apostadora. Exemplo. Especialista. Contente. Mandona. Cunhada. Casual. Tradicional. Estabanada. Anônima. Vencedora. Bonita. Degustadora. Conhecida. Espontânea. Divertida. Ganhadora. Dissimulada. Ótima. Sonhadora. Amante. Perua. Carinhosa. Objetiva. Chefe. Acessível. Roqueira. Sociável. Colecionadora. Normal. Proprietária. Mutante. Gente boa. Dona. Moça. Senhora. Treinadora. Apresentadora. Namoradeira. Bagunceira. Responsável. Tia. Dançarina. Freqüentadora. Fumante. Requintada. Engraçada. Viciada. Inteligente. Nora. Telespectadora. Risonha. Enlouquecida. Chocólatra. Neurótica. Morena. Kardecista. Roteirista. Menstruada. Batalhadora. Malhadora. Escandalosa. Avalista. Ponderada. Básica. Fã. Ouvinte. Tristonha. Correntista. Banhista. Baladeira. Orkuteira. Digitadora. Leitora. Mediana. Compradora. Obediente. Remetente. Crente. Cristã. De bem com a vida. Miss Monday. Menina de Papel.

By Carlota Joaquina

domingo, 26 de agosto de 2007

TEMA DA SEMANA: MULHER ALFA


Um misto entre a a figura da feminista clássica, aquela surgida nos anos 60, que, para conquistar espaço e independência, teve de ser durona, agressiva e por vezes 'masculina', e a "mulherzinha" dos anos 90, personificada pela personagem Bridget Jones, que queria arrumar um companheiro bacana, manter o corpo em forma, ir à manicure uma vez por semana e comprar muitos pares de sapato sem medo de ser tachada de perua.

PESSOAS ANSIOSAS NÃO ESPERAM PELO ACASO




E ela, ansiosa demais pra esperar pelo acaso, ligou.

Ele – o acaso – poderia tê-la presenteado com a doce surpresa de um encontro inesperado numa ensolarada e despretensiosa tarde de domingo, durante uma caminhada pelos gramados do parque.

Ou então, poderia ter promovido um encontro desastrado na sessão de literatura brasileira da livraria, quando o livro de poesia cairia de suas mãos após seu corpo esbarrar no dele.

O acaso poderia ter arquitetado a ocasião ideal para que seus olhos brilhassem ao avistar aquele, incrivelmente, belo sorriso.

Mas sua ansiedade atrapalhou o acaso.

Ela - a ansiedade - achou que o acaso pode ser demasiado lento, e a fez concluir que não há tempo a perder. Se deixasse nas mãos dele, o tal domingo ensolarado no parque poderia ser o de hoje, o da semana que vem, ou então, do ano que vem.

E ela, ansiosa demais pra esperar pelo acaso, ligou.

Agora, o que lhe resta é torcer pra que o destino aprove...

“Nas mãos caprichosas o tempo, paciente, sempre costurava suas medidas exatas.”
(Cyro de Mattos)

Sabrina Moreira