sábado, 1 de setembro de 2007

A estupenda Mulher Alfa contra os guardiões da bolsa de valores de Nova Iorque


Falaram para Beta que ela era uma mulher alfa. Logo se imaginou com uma roupa de vinil preta, botas de cano longo. Uma máscara. Nada de capa, démodé. Seria quem sabe a chance de sair pela janela, tomar banho de chapéu, escovar os dentes de olhos fechados e dormir pendurada pelas pernas. Talvez o Hugh Jackman – ou o Nasi – se interessasse por ela. Finalmente. Mas tudo isso em um segundo antes de o telefone tocar para gritar que o índice Down Jones fechou em baixa porque ela teve um devaneio estúpido e o esmalte vermelho do dedão do pé estava descascando. Perdeu um ótimo negócio por isso. Já não te disseram que não se usa sandálias em reuniões importantes? Quantos milhões vale uma joanete?

Usou o chicote dominatrix para se livrar daquilo tudo.


Pegou uma mochila de super-heróis, descolou um pôster do Wolverine e seguiu seu rumo.

Beta hoje tem um brechó em Buenos Aires, usa óculos J.O. enormes, os cabelos são púrpura e toca violoncelo numa banda de rock esquisita. Não acredita em despertador, tem dois gatos em casa, toma sorvete de casquinha. Não guarda dinheiro, não vende as férias. Não negocia sua vida.



Vanessa, desenhista de moda femini(sta)na.


Ouça: Spiderman dos Ramones.

3 comentários:

Anônimo disse...

Olá Vanessa!
Belo texto.
Superheróina hipotética para entender que nesse mundo a gente pode viver feliz com bem menos do que a gente pode supor.... Se bem que Buenos Aires como refúgio é um luxo(ainda que necessário).... como seria Paris ...

W.Allen

Anônimo disse...

van,

até parece vida real, heim? ;) de poucos, claro. tem que se ter muito pra viver com pouco...

beijos amélia iluminada.

môpi valentina de botas de corrida.

Anônimo disse...

Vannn

Para ser feliz não precisamos de muito. É ótimo ganhar uma prêmio de Top Of Mind e estreiar seu lindo sapato Manolo, mas deve ser muito bom vender copotas de doces feito com as frutas que você colheu num vilarejo no interior de Minas...

Se eu tivesse experimentado um big mac, eu viveria tranquilamente sem ele... se eu nunca tivesse comprado um calça da nike, viveria muito bem com minhas calças de moleton das lojas Pernambucanas...

Mas no final das contas, o importante é que emoções eu vivi...

Muito bom pra variar.

Beijoss

Carlota variando de sono