Ele cruzou meu caminho assim, de maneira inesperada. Pedi ao barman algo que me esquentasse, me fizesse suspirar. Ele me apresentou alguém. A princípio, fui arredia a seu jeito excessivamente vigoroso e inquietante. Mas logo, minha visão foi mudando. E percebei que as cosias se transformam quando estou com ele: vejo tudo belo, todos são lindos, ouço sininhos, sinto toda a extensão da minha pele, perco a minha paz...
De repente, eu me vi apaixonada por ele. Intitulava-se Juanito Camiñante, (ou pelo menos assim uma amiga minha o chamava) um amante latino, só que cosmopolita: Nova York, Dublin e negócios no leste europeu, dizia ele com mistério, insinuando que rivalizava com uma russa sedutora (me fazia ciúmes o maldito).
Notei que chamava a atenção de todos nas festas, homens e mulheres. Possuía charme e fluidez. Em sua companhia, as pessoas se sentiam à vontade, irresistíveis, bonitas, inteligentes. Eu pensava: como alguém pode fazer isso? Ele encorajava. E entrava na vida de estranhos sem parecer inconveniente.
Seu jeito caliente, seu estilo atiçado, seu gingar atraente, encorpado... com isso tudo eu não via a hora de tê-lo na minha cama, ou melhor, na minha vida. Nunca me senti verdadeiramente à vontade numa pista de dança, mas ele se insinuava e me conduzia. A música atiçava ainda mais os sentidos. E aí o vi em minhas mãos, eu podia fazer o que quisesse... Ele flutuava pelas bordas da pista, transbordante de excitação, e então se chegava até mim de uma forma tão envolvente que não havia como escapar de seus encantos.
E me deixava cada vez mais apaixonada quando exalava paixão em seu hálito febril, na superfície amorenada de seu corpo esguio. Até o final da noite, eu já me entregava a ele de corpo e alma. Mais corpo do que alma, claro! Naquela mesma noite voltei ao apartamento com uma aliança no dedo, ou melhor, um anel que compramos na loja de souvenir do hotel. Na parte interna, a inscrição dizia “Keep walking around our love”.
Y la noche fue muy caliente....
Ser sua era ser única, eu me sentia amada, desejada. Era excepcionalmente suave e delicado e ao mesmo tempo vibrante e excitante. E ele não pedia nada em troca. Eu me entregava a seus delírios.
Depois daquela noite, ele mostrou quem era verdadeiramente. Aparecia para mim cada dia mais lindo, cada dia mais intrigante, eu tinha sede de desvendá-lo, e foi assim que cada dia era mais e mais excitante.
Quando ele aparecia de vermelho, as coisas aconteciam de um jeito mais casual. Era seu jeito pop de ser, descompromissado, acessível.
Se queria ser elegante, vestia-se de preto. Ficava luxuoso, sofisticado. Meus olhos despiam aquele smoking em doses homeopáticas, rasgando toda aquela sobriedade com a lâmina da imaginação. Mas o preto também é intrigante. Tem um toque de mistério, de algo esperando para ser revelado. O azul o deixava com um ar mais tradicional, conservador, autêntico, mas por outro lado, irresistível.
Cada dia era único, uma intensa experiência. Inesquecível!
Fomos aprendendo um com o outro. Eu mostrei a ele suas várias facetas e ele por outro lado me mostrou quem eu era. Foi um aprendizado mútuo. Percebemos cada um, nossas várias personalidades, nossas mil cores e várias formas. E vimos que tudo era grande demais... maior do que eu e ele. Esse amor não poderia ser somente meu. Depois que me satisfiz, aproveitei cada cor, cada momento, cada faceta, vi que não poderia guardá-lo só para mim. Esse amor era maior que nós, tínhamos que dividi-lo com o mundo. Queria que todos sentissem o que senti e vivessem o que vivi. Meu querido transformou-se, ficou célebre, cruzou fronteiras. Hoje é internacional. Para todos os lados que olho, no bar, numa festa, na televisão, na revista, eu o vejo, ele está lá, cruzando o caminho de outras pessoas. Em seu azul tradicional, ou no estiloso smoking, ou ainda no vermelho ardente.
Ah, que saudades... Momentos intensos, inesquecíveis, mas eu sabia que tinha que ser assim, ele precisava ganhar o mundo. Sua audácia, seu refinamento, seu poder inquestionável, sua personalidade única, seu gosto picante, seu prazer indefinível deveriam ser mostrados a todos. E hoje ele é parte desse mundo... O meu Juanito Camiñante, quero dizer, o seu Johnny Walker.
De repente, eu me vi apaixonada por ele. Intitulava-se Juanito Camiñante, (ou pelo menos assim uma amiga minha o chamava) um amante latino, só que cosmopolita: Nova York, Dublin e negócios no leste europeu, dizia ele com mistério, insinuando que rivalizava com uma russa sedutora (me fazia ciúmes o maldito).
Notei que chamava a atenção de todos nas festas, homens e mulheres. Possuía charme e fluidez. Em sua companhia, as pessoas se sentiam à vontade, irresistíveis, bonitas, inteligentes. Eu pensava: como alguém pode fazer isso? Ele encorajava. E entrava na vida de estranhos sem parecer inconveniente.
Seu jeito caliente, seu estilo atiçado, seu gingar atraente, encorpado... com isso tudo eu não via a hora de tê-lo na minha cama, ou melhor, na minha vida. Nunca me senti verdadeiramente à vontade numa pista de dança, mas ele se insinuava e me conduzia. A música atiçava ainda mais os sentidos. E aí o vi em minhas mãos, eu podia fazer o que quisesse... Ele flutuava pelas bordas da pista, transbordante de excitação, e então se chegava até mim de uma forma tão envolvente que não havia como escapar de seus encantos.
E me deixava cada vez mais apaixonada quando exalava paixão em seu hálito febril, na superfície amorenada de seu corpo esguio. Até o final da noite, eu já me entregava a ele de corpo e alma. Mais corpo do que alma, claro! Naquela mesma noite voltei ao apartamento com uma aliança no dedo, ou melhor, um anel que compramos na loja de souvenir do hotel. Na parte interna, a inscrição dizia “Keep walking around our love”.
Y la noche fue muy caliente....
Ser sua era ser única, eu me sentia amada, desejada. Era excepcionalmente suave e delicado e ao mesmo tempo vibrante e excitante. E ele não pedia nada em troca. Eu me entregava a seus delírios.
Depois daquela noite, ele mostrou quem era verdadeiramente. Aparecia para mim cada dia mais lindo, cada dia mais intrigante, eu tinha sede de desvendá-lo, e foi assim que cada dia era mais e mais excitante.
Quando ele aparecia de vermelho, as coisas aconteciam de um jeito mais casual. Era seu jeito pop de ser, descompromissado, acessível.
Se queria ser elegante, vestia-se de preto. Ficava luxuoso, sofisticado. Meus olhos despiam aquele smoking em doses homeopáticas, rasgando toda aquela sobriedade com a lâmina da imaginação. Mas o preto também é intrigante. Tem um toque de mistério, de algo esperando para ser revelado. O azul o deixava com um ar mais tradicional, conservador, autêntico, mas por outro lado, irresistível.
Cada dia era único, uma intensa experiência. Inesquecível!
Fomos aprendendo um com o outro. Eu mostrei a ele suas várias facetas e ele por outro lado me mostrou quem eu era. Foi um aprendizado mútuo. Percebemos cada um, nossas várias personalidades, nossas mil cores e várias formas. E vimos que tudo era grande demais... maior do que eu e ele. Esse amor não poderia ser somente meu. Depois que me satisfiz, aproveitei cada cor, cada momento, cada faceta, vi que não poderia guardá-lo só para mim. Esse amor era maior que nós, tínhamos que dividi-lo com o mundo. Queria que todos sentissem o que senti e vivessem o que vivi. Meu querido transformou-se, ficou célebre, cruzou fronteiras. Hoje é internacional. Para todos os lados que olho, no bar, numa festa, na televisão, na revista, eu o vejo, ele está lá, cruzando o caminho de outras pessoas. Em seu azul tradicional, ou no estiloso smoking, ou ainda no vermelho ardente.
Ah, que saudades... Momentos intensos, inesquecíveis, mas eu sabia que tinha que ser assim, ele precisava ganhar o mundo. Sua audácia, seu refinamento, seu poder inquestionável, sua personalidade única, seu gosto picante, seu prazer indefinível deveriam ser mostrados a todos. E hoje ele é parte desse mundo... O meu Juanito Camiñante, quero dizer, o seu Johnny Walker.
Dilka Maria J. W.
5 comentários:
hahahahahahaha...
Bom dia dona Dillllll!
Muito massa o texto.
hahaha...
Keep walking girl!
Puts... só tu mesmo!
muito legal!
hahahahahahaha...
Bom dia dona Dillllll!
Muito massa o texto.
hahaha...
Keep walking girl!
Puts... só tu mesmo!
muito legal!
Nossa Dil, amei, que envolvente o seu texto e o Juanito também, hhahaha.
Muito bom!!
Beijos
Cami
Eeeeeu quero um Juanito pra mim!
Já!!!
Agora!!!
Serve um Jose Cuervo ou mesmo o bigodudo da Kaiser hehehehe...
Ótimo amigalhes! Muiiito bom!
Mas isso também não é de Deus!
Bjs
Carlota Joaquina
agora tenho uma amiga herege e outra meio alcoólatra.
socorro!!! huahauhauahuahuahuahua.
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