O evento: jogos pan-americanos.
O cenário: RJ, Brasil.
O objetivo: vencer, vencer e vencer.
Os protagonistas: atletas das três Américas.
O público: brasileiros calorosos, maravilhosos e desrespeitosos.
A mídia: a maior e mais puxa saco emissora do país.
Que belo enunciado, não acham? Bom saber que um país tão rico e igualitário está gastando rios de dinheiro com a realização deste evento tão imensamente importante. Super legal o fato de toda essa agitação estar ocorrendo justamente no Rio de Janeiro, a Cidade Maravilhosa, onde a violência tirou férias só pra receber nossos queridos hermanos latinos ou brothers nortistas.
Tão bonito ver o espírito esportivo dos atletas, jornalistas, comentaristas e ex-jogadores de basquete, que torcem e apóiam os atletas conterrâneos, sem deixar de respeitar as vitórias ou derrotas dos adversários.
Que beleza, todos pondo em prática o ditado “o importante é competir” – aliás, esse ditado é super válido... pra quem vence. Mais sublime que a torcida, ah, isso não tem. Aproveitando-se do poder e força da coletividade, ela vaia e manda péssimas energias para os nossos queridos visitantes estrangeiros, que ficam lá, desamparados, tentando desempenhar seus esportes individuais “under pressure”(assim como eu, que tô ouvindo a musiquinha do Queen agora...).
Mas o melhor de tudo é ver a emissora mais puxa saco do país – não custa repetir - enfiando o pan “goela abaixo” em seus fiéis expectadores – até substituíram o Programa do Jô pelo espetacular e super informativo “Boletim do Pan”. Pelo menos a apresentadora é bonita e simpática, eu é que devo estar com dor-de-cotovelo.
Ah!, não vamos esquecer do Kauê, o simpático mascote de nome indígena, corpinho infantil, um “baita cabeção” e doente de icterícia – amarelinho que só. Mas a logomarca está um charme, isso eu garanto. Sem contar o corpão sarado da galera, um deleite aos olhos de quem assiste. Tudo isso somado ao “jeitinho brasileiro” – já imaginou quantos tapinhas nas costas os atletas, suas equipes e seguranças já não levaram dos cariocas? Isso deve garantir algumas credenciais pra assistir aos jogos “de grátis” - afinal, brasileiros que têm “jeitinho” não precisam de mais nada pra conseguir o que querem.
Mas vejam só, que tristeza: uma festa tão bonita, tão autêntica e sem fins lucrativos, com a cobertura completa sendo transmitida gratuita e incessantemente na telinha, e eu aqui, ocupadíssima, nem podendo assistir. É uma pena, estou desolada por não estar acompanhando cada segundo dessa conquista. Mas tudo bem, fazer o quê? , vou superar. Afinal, nem tudo são flores nessa vida, assim como NEM TUDO É IRONIA NESSE TEXTO...
Sabrina Moreira, escrevendo com uma mão na caneta, dois ouvidos no rádio e vários olhos no jogo de vôlei masculino.
6 comentários:
(...)“um país tão rico e igualitário” está gastando rios de dinheiro com a realização deste evento tão imensamente importante.
(é, de fato, um evento importante-EU ACHO-...porém, ninguém –quem?rs- investe p/ sair perdendo...e os facilitadores saem com os bolsos transbordando....Ôô ‘brasilsão’)
(...)Aproveitando-se do poder e força da coletividade, ela vaia e manda péssimas energias para os nossos queridos visitantes estrangeiros(...)
(eu acho válido, embora não seja educado)
(...)a emissora mais puxa saco do país – não custa repetir - enfiando o pan “goela abaixo” em seus fiéis expectadores –(...)
(o problema é que o PAN se tornou um vício, as pessoas que mais criticam o evento são as mais viciadas, “rodam” os canais p/ ver se encontram alguma modalidade em disputa de medalhas. Ademais, todos os domingos poderiam ser do PAN perpetuamente, evitaria o programa do DIDI – q enriqueceu como presidente da UNICEF/br)
(...)substituíram o Programa do Jô(...)
(olha, ultimamente anda fraquinho o programa do Jô –deve ser a velhice, e conseqüente ranzinzice.....e o Faustão??nem se fala..rs)
(...)apresentadora é bonita e simpática(...)
(é verdade!! assim como a autora do texto...rs)
(...)Kauê, o simpático mascote de nome indígena, corpinho infantil, um “baita cabeção” e doente de icterícia(...)
(kkkkkkkkkkkkkkkkk, doente de icterícia foi ótimo)
(...)Sem contar o corpão sarado da galera, um deleite aos olhos de quem assiste. (principalmente as competidoras do salto c/ vara – brasileiras)
(...)afinal, brasileiros que têm “jeitinho” não precisam de mais nada pra conseguir o que querem.
(é um dom!)
(...)Sabrina Moreira(...)
(MARAVILHOSA)
bj g.fpolis
éeee...
O Pan e a Tam saem na TV sem precisar pagar...
Pena é o Seu João e Dona Maria, que acordam aos milhões nas 6 horas da matina de segunda-feira, trabalham 8 horas incansáveis no dia a dia e chegam em casa as 22hrs pra dormir e acordar no outro dia e produzir mais e mais, para que os ricos do país possam pagar tantos impostos altos que proporcionam a alegria do
Pan e a tragédia da Tam...
tragédia que não repercute nos milhões de famintos que tem mais que se preocupar com o que comer, nem de ônibus conseguem andar e avião pra eles só representa perigo se cair na cabeça...
tragédia e o caminho que a humanidade escolheu, em querer destruir a si mesma de uma maneira tão festiva e triste ao mesmo tempo...
do pão e circo só sobrou o segundo...
bjs!
Missa Sunday,
A pedidos vou comentar aqui no Blog que a despeito de não concordar com alguns posicionamentos políticos, achei seu texto muito bom. Embora tenha preferido o anterior, aquele em que você assume a sua personalidade Miss Ice.
Beijos
R.S
Miss Sunday,
Onde lê-se Missa, leia-se Miss. Acho que é um sinal por ter assistido "Conversando com Deus" no cinema hoje.
Bjs
R.S
Que as outras meninas me desculpem, mas este texto foi o melhor do tema: Jogos Pan-Americanos.
E quando vc for uma escritora famosa não esqueça da minha dedicatória!!!
Beijooooo
Gostei tanto do seu tema que estou divulgando no meu blog....
Bjs
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