Ela estava linda, com um vestido branco de seda, tamancos de salto 12, simplesmente um arraso. Estava tão bem consigo mesma, tão resolvida, tão segura de si que jurou não beber aquela noite e não ficar com ninguém. Não precisaria disso. Sua família e os amigos seriam a melhor companhia.
Claro que ela não cumpriu nenhuma das promessas. Começou entornando algumas taças de champgne, o que se prolongou durante a noite. Riu e dançou muito com a família.
Família sempre vai embora no melhor da festa. A família da Suzi não foi diferente. Eles estavam no embalo das despedidas e Suzi correu para o bar, pegar à última tacinha de champgne, só pra fechar a noite. Eis que surge, próximo ao bar, um Deus Grego, loiro, alto, aparentando uns 35 anos, vestido de branco. “Eu o conheço! Da onde mesmo?” – pensou Suzi. Eles já haviam ficado certa vez, numa boate em Curitiba. Ela lembrou que essa noite acabou com o moço oferecendo carona, cheio de segundas intenções, ela não aceitou, e claro, se arrependeu depois. Ela pensou: “minha segunda chance, não posso perder”.
Trocaram olhares, ela se aproximou, cumprimentaram-se, conversaram e beberam ainda mais taças de champgne. A família, os amigos e as promessas de Suzi já haviam sido ‘deletados’ de sua mente. Só pensava que não sairia dali sem beijá-lo na boca e levá-lo para a praia.
Deram uns malhos, ali mesmo, parados no balcão do bar. Ele a convidou para saírem dali e ela foi sem questionar, afinal ela estava completamente bêbada e louca para terminar o que não fez no dia da boate.
Muito malho. Muito beijo. Quando já não agüentavam mais de tanto tesão, se jogam na areia da praia, a poucos metros do bar. Começa aquela pegação, mão para lá, mão pra cá até que roupas começam a voar.
Momento perfeito, praia, céu estrelado, um gato morrendo de tesão e você enlouquecida por ele, parece até cena de filme romântico. Mas, essas transas nunca são perfeitas como aparecem nos filmes.
Primeiro que os dois estavam nus, em uma praia pública. Segundo: não tinham canga, cadeira, tapete, nada que pudessem deitar em cima para não encher todos os buracos do corpo de areia. Se já não bastasse, a areia estava tomada por pico-pico e outras coisas que pinicavam. Mas, o grau etílico era tão alto, que nem a areia nem as pinicadas foram problema.
Ele subiu em cima dela, para finalmente consumar o ato, mas a coisa não foi tão simples assim. Tudo a milanesa... A coisa entrava rasgando. Tentaram todas as posições possíveis, até tirar o excesso de areia do bilau do moço com o vestido de seda da Suzi eles tentaram, mas, a areia era tanta, e ainda, misturada com as ‘lubrificações naturais’ do corpo... Não teve jeito. A coisa literalmente murchou.
Por um lado foi bom, eles mal terminaram de se vestir, quando ligaram uma lanterna na cara deles. Dois guardas muito bravos (eu também estaria se tivesse que trabalhar na noite de ano novo) questionando o que faziam ali na praia naquele horário. Sem muita paciência para ouvir o que eles tinham a dizer já foram mandando os dois circularem. A única coisa que o moço conseguiu dizer: “Estávamos procurando o sapato dela”.
Pronto. A noite acabou aí. “Puta que pariu, eu venho esfolar minhas costas e joelhos nessa merda de areia com pico-pico, o cara mal consegue botar o pau em mim e ainda nem repara que eu estava com um tamanco e não de sapato?!” - pensou Suzi.
Ela ficou muito puta da vida. Não quis saber de trocar telefone com o cara. Fez de conta que não escutou quando ele pediu o número. Ela só pensava: “Me deixe em casa e vaze amigo, vaze... E nunca mais volte.”.
Como se toda essa situação não bastasse... Suzi chegou ao hotel, tirou o vestido e só aí reparou que ele poderia ser jogado na lata de lixo, graças aos malditos pico-picos. Ligou o chuveiro, para tomar um banho, não poderia dormir assim, parecendo um bife a milanesa, com areia enfiada até na orelha. Tirou a calcinha e berrou: “como assim, sangue na minha calcinha? Mas além de não ser virgem aquele pau mole não conseguiu fazer nada direito?!” Examinando a “dita cuja” mais a fundo, diante do espelho, viu um pedaço de caco de vidro cravado em um dos grandes-lábios. “Ahhhhhhhhhhhh, era só o que me faltava, ter que ir para o hospital tirar um vidro da perereca, no primeiro dia do ano. O que o médico vai pensar de mim? Se eu ainda tivesse transado... Mas, nem isso. Que grande merda”.
E assim terminou a cena do filme de Suzi, na fila do postinho de saúde, levada pela mãe que não conseguia parar de rir da situação, esperando para levar alguns pontinhos... Ela jurou, que nunca mais quebraria uma promessa de ano novo.
By Carlota Joaquina
7 comentários:
Amada, sem comentários, aliás com muitos comentários que não posso dizer aqui, hehehehe. No final das contas senão as coisas não valem na hora, valem depois para darmos muitas risadas, e com as amigas é claro, rsrsrs.
Beijos
Muito bom Carlota!
A nossa amiga do texto pode não ter relaxado, muito menos gozado, mas que o tesão tava grande, isso não dá pra negar... só estando muito louca pra se encher de areia desse jeito, urgh!
Agora, caco de vidro na perereca, ninguém merece... sorte que a mãe dela é gente boa!
Um beijão e boa semana
cenas como essas são lindas nos filmes, mas na prática... rsss
Ei, Aletéia, como vc faz assim pra deixar sua fotinha no comentário (sou uma criança aqui neste brinquedo, pode me responder pelo msn). E ei, Sassá, por acaso vc não escolheu ir pra Ilha do Mel pq lá tem menos chance de ter caco de vidro na praia? hehehe Beijo, Meninas.
que foda
Mas assim é a vida
Só em novelas, filmes ou memos em foto pra isso dar certe e ser gostoso...
Olhe Mario, caco de vidro acho que a Sassa não acha, mas que periga pegar uma furunculo na bunda, isso periga!
hahahahaha
Carlota etc e tal
sem comentários.
dar na praia não leva a nada...
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